quinta-feira, 24 de junho de 2010

Balanço da Semana: errar sempre e mais

Uma das máximas da vida é estar errado as vezes e ser surpreendido sempre, essa semana meus queridos da Escola de Comércio me deram uma prova viva disso, depois de estar já desacreditado que poderia ser realizado bons trabalhos, me surpreenderam com excelentes vídeos, como diz o jargão "AÍ SIM FOMOS SURPREENDIDOS NOVAMENTE", a vocês TALENTOSOS meu respeito e admiração, com certeza deram um show... e uma lição em mim (rs).

 

"O Brasil é um enigma. É próprio de um enigma provocar interpretações polissêmicas e contraditórias. Todo enigma verdadeiro é, ao mesmo tempo, ficção e realidade" 
Afonso Romano de Santana

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Reflexão do dia

Recebi esse poema de uma pessoa muito especial!
Fica aqui como pensamento do dia.

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mário Quintana

domingo, 20 de junho de 2010

Os Sete Pecados Capitais

Galera estava pesquisando sobre alguns assuntos e achei essa matéria muito interessante e super atual, então resolvi compartilhar com vocês!

Os sete pecados capitais
Por Wilson Bueno

Dramas e comédias da Avareza, da Gula, da Inveja, da Ira, da Luxúria, do Orgulho e da Preguiça

A Avareza
Quando ele trouxe o objeto e o colocou em cima da mesa, todos pensamos poder compartilhar de sua sedução estrangeira. O objeto tinha vindo de um país muito distante e à luz da tarde brilhava feito fosse de ouro. Mas ele permanecia o tempo todo à frente do objeto, cobrindo-o com seu corpo. Quando um de nós tentava se aproximar, ele se interpunha, não permitindo sequer que víssemos o objeto de mais perto.
Cochichávamos pelos cantos, tentávamos driblar a vigilância do avarento homem e espichávamos o pescoço para, ao menos, quem sabe, alcançarmos ver o objeto em detalhes, pois nem sequer havíamos conseguido distinguir direito do que, a rigor, se tratava.
Interessantíssimo foi quando, exaustos em nossa curiosidade, nos retiramos da sala, e um de nós, não sabemos agora quem, registrou, preciso, a hora em que ele, o avarento homem, dono absoluto do objeto, fatiando-o sem pressa, devorou, pedaço a pedaço, a sua refulgente textura dourada.
E a boca do avarento homem, não contem a ninguém, ficou, assim brilhando na sala feito ele tivesse lambuzado os lábios com a tinta fosforescente de um escaravelho de ouro.

A Gula
Compulsiva e esfaimada, como era de sua natureza, desde antes de se constituir uma falha, a Gula queria saber, de modo não mais guloso que o de costume, por que a Mentira não fôra incluída entre os pecados capitais.
Mas a Gula, aquela tarde, tanto se empanturrou, ao longo do dia, de cremes, panquecas e goiabas, para escândalo dos esquálidos jejuadores da Floresta, que, ao ser perguntada o que fizera de seu dia, mentiu que não fizera nada -estava de regime.
E quanto mais constatava que mentir não era pecado, ao menos capital, mais comia com uma verdade além que gorda, plena de bocas, gargantas e acepipes.

A Inveja
A Inveja perguntava aos duendes da noite sobre os atavismos da espécie, principalmente depois que os duendes da noite foram destituídos de sua condição de pequenos anjos noturnos pelas leis canônicas que regem os pecados, o tempo e os demônios.
Descrentes das mutáveis leis dos grandes deuses, os duendes pareceram-nos doces aquela manhã e riram de si e de sua própria pança. A Inveja queria saber, e o tempo todo se perguntava, sobre os atavismos da espécie.
Sabem como?
Com inveja, com muita inveja das espécies sem atavismos e que vivem à margem da História, órfãs do passado e também órfãs do futuro.
Ah, como cintilavam, estrelas baldias, as espécies sem atavismos, num abandono que a inveja decididamente não tinha.

A Ira
Decidimos enjaular o raivoso em uma urna de vidro. Como batia-se muito contra o cristal, nos ocorreu que, a se comportar sempre assim, poderíamos exibi-lo a preços módicos, de cidade em cidade, em praças públicas ou teatros fechados, e angariar com isso algum trocado.
Tarefa, achamos, derrotada por sua própria natureza, pois o raivoso sempre arranjava um jeito de fazer a jaula de vidro a cacos.
E o que era pior: apoplético, nessa hora, empenhava-se em enxovalhar-nos, bem a nós os que lhe providenciamos a jaula de vidro, preocupados que, fora dela, ele pudesse vir a se machucar seriamente.

A Luxúria
Num remoto harém dos contos das mil e uma noites, o poeta El Rachid Al-Saad foi assassinado de forma até hoje misteriosa.
Uns dizem que, pasmo de êxtase ante a beleza nua da mais bela virgem do Reino, tombou vencido; outros porque, usuário de ópio, fumara um pouco além da conta e acabara caindo da cama, inerte; e outros ainda a debitar a sua morte súbita à hora em que, do orgasmo, conhecera um gozo além, muito além do orgasmo. E que logo as Bruxas nomearam de Luxúria e passaram a coibir sua prática, jogando sobre os amantes água fervente.

O Orgulho
O rabino se chamava Jacob Siegelman e a sua maior vaidade, segundo ele mesmo expressava, batendo às vezes no peito, era a de não ter vaidade de coisa alguma. E, assim, todos os Sábados passeava pela sinagoga a sua humildade -pobre e esfarrapada, quase servil.
Humildade? Isto até o dia em que se fez necessária a demonstração de tão alta virtude. Reunida para os ofícios religiosos do Sábado, a comunidade resolveu elegê-lo chefe de distrito, uma espécie de prefeito, justo por sua apregoada honradez. Mas, claro, cargo assim tão honorífico e cuja maior característica era a ausência de remuneração, o rabino Siegelman não aceitou. Insistiram e ele teimou em não aceitar.
E, quando perguntado por que não acatava a decisão da maioria que o desejava chefe de distrito, respondeu, de modo cândido, que uma vez empossado no cargo, teria outro motivo para demonstrar a todos, de modo ainda mais esforçado, a sua humildade essencial. A mais santa e a mais exaltada humildade do mundo, a crer nas palavras com que dizia isso, não cabendo em si de tanta soberba.
E todos então compreenderam que o rabino Jacob Siegelman de humilde não tinha nada.

A Preguiça
Nessa história de preguiçosos, o mais interessante não são os preguiçosos, mormente do sexo masculino, mas uma preguiçosa ou para ser mais exato -uma deusa preguiçosa.
Vivia tão desmobilizada de si e do seu séquito, a deusa de que falamos, que, toda vez que recebia os intermediários entre o Céu e a Terra, os recebia com sono, o pescoço ao de leve inclinado para a esquerda, em cochilos rápidos e espaçados.
E foram tantos anos assim que, convenhamos, não há pescoço que agüente, ainda mais em sendo de uma deusa há quase três séculos a cabeça sonolenta inclinada para a esquerda, o queixo a encostar no ombro. Lindos os ombros da deusa, um esbanjar de beleza o seu rosto, e sobretudo o nariz, por onde ressonava árdua e extensamente.
Isto até o dia em que os semideuses a retiraram do trono de audiências, só uma estátua amorfa, comida pela gangrena dos dias e enregelada na fixa imagem da deusa que sempre fôra -de torto pescoço e o corpo meio pendente de lado.

(Publicado em 7/4/2007)
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Wilson Bueno
É escritor, autor, entre outros títulos, do livro de fábulas "Cachorros do Céu" (ed. Planeta), que esteve entre os finalistas do prêmio Portugal Telecom de 2006.


sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago

O mundo perde hoje mais do que um escritor, mas um intelectual que lutava pelo direito das minorias, que sua luta não seja esquecida, que sua literatura permaneça em nossas mentes e corações a fim de um dia, que o seu sonho, nossos sonhos sejam realizados...




“O medo cega, disse a rapariga dos óculos escuros, São palavras certas, já éramos cegos no momento em que cegámos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos, Quem está a falar, perguntou o médico, Um cego, respondeu a voz, sou um cego, é o que temos aqui. Então perguntou o velho da venda preta, Quantos cegos serão precisos para fazer uma cegueira. Ninguém lhe soube responder.” (Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago) 

16/11/1922 - 18/06/2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

Reflexão da Semana

Durante as aulas dessa semana, algumas coisas me fizeram pensar e refletir sobre o que está acontecendo com os jovens, tenho acompanhado um grande desinteresse por parte deles na escola/educação, ela hoje se tornou somente um espaço de SOCIALIZAÇÃO ou encontro como preferirem chamar, e perdeu seu caráter do templo do saber e conhecimento, a cada dia me impressiona a falta de perspectivas dos alunos, coisa que me deixa no mínimo preocupado com o futuro daqui para a  frente, as vezes ainda não compreendo como a educação deixou de ser interessante, coisa que há algum tempo atrás era sinônimo de crescimento e melhoria de vida. Qual será o futuro para esses jovens? Será que eles pensam no futuro? Talvez podemos chamar esses jovens de geração do FODA-SE, que possuem como slogan o que importa é o aqui e o agora. E essa tendência temo eu, é piorar com o passar dos anos, se nada for feito. Parafraseando o gênio Renato Russo que através de letras e canções bem tramadas (pessoas legais morrem cedo neste país), fica o recado do mestre "...Então, a culpa é de quem? A culpa é de quem?..." .

domingo, 13 de junho de 2010

Atenção navegantes (alunos) da Escola de Comércio

Galera as provas bimestrais de SOCIOLOGIA da Escola de Comércio serão compostas de 10 questões para cada sala!
Abraços Godô
xD


quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mario Quintana

Talvez um dos poemas mais intrigantes que já li!

Mario Quintana

“Eu sou um homem fechado. O mundo me tornou egoísta e mau. E a minha poesia é um vício triste, Desesperado e solitário Que eu faço tudo por abafar. Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada, Com o teu passo leve, Com esses teus cabelos… E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender nada, numa alegria atônita… A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil Aonde viessem pousar os passarinhos”

sábado, 5 de junho de 2010

Tempo e Memória: tantas histórias e estórias para contar

Vou publicar alguns textos antigos que escrevi que estavam no outro blog!

Tempo e Memória: tantas histórias e estórias para contar
Rodrigo Tavarayama
O ser humano é suscetível a erros e acertos durante sua vida, mas o que realmente fica guardado e eternizado em nossas mentes são os bons momentos e isso é o que faz a grande diferença. Não que os maus momentos não sejam lembrados, eles são, mas destes nós tiramos e guardamos as boas lições. 
Tudo que a memória amou e que o coração pensou são registrados numa caixa mágica chamada “história”, nossa “estória”. Nela está contida momentos ímpares de nossas vidas. O primeiro beijo, a primeira bicicleta, a primeira desilusão amorosa, a perda do nosso primeiro amor e/ou aquele animalzinho de estimação que era tão querido por nós e tantas outras coisas, etc. 
Nesse momento creio eu, que deve estar passando um filme em sua mente, sabe aquelas cenas que foram tão marcantes que você chegou a tentar deixar adormecidas por muito tempo, mas que nesse exato momento elas parecem tão vivas e estão realmente vivas. Lembra parece que não foi há muito tempo, 5 minutos atrás? Creio que sim. Não duvide. A memória é algo fantástico e as “estórias” que se transformam em “histórias”, faz viver em nossa mente tudo aquilo que já foi bom e que nos fez feliz. Alguém já chorou de felicidade? 
O mundo sem pressa nos faz mostrar muitas verdades. O pouco de tempo que nós temos para realizar nossos projetos, sonhos e utopias, acaba ficando em segundo plano nesse ritmo enlouquecedor que vivemos. Recordar não significa literalmente viver novamente esses momentos, pois nessa viagem alguns detalhes são omitidos, não porque não tiveram tamanha importância, mas que não fizeram no final das contas a menor diferença. 
Lembra do dia que você correu na rua em meio à chuva? Da morte de um ente querido? Não que a morte seja uma coisa boa, mas a pessoa foi boa para você e assim fez a diferença, e por isso foi eternizada. Saudades? Quem não tem? Da brisa, do por do sol, da lua, da família, dos amores correspondidos e dos não correspondidos? 
Queria eu eternizar todos estes momentos para no fim da vida relembrar algumas cenas que por algum motivo nos fizeram felizes por um momento, um instante ou uma fração de segundos. Quem não chorou? Quem não amou? E quem não fez a diferença? Simplesmente não viveu. 

“Tempo bom… não volta mais… saudade está doendo demais”

Ciências Sociais - Unesp Marília

Eu gosto muito dessa imagem, foi uma amigo/aluno que fez, valeu Flavio Dalaqua... hehehee
Abraços

Tese de Mestrado

Galera vou disponibilizar a cópia da minha tese de dissertação de mestrado, defendida no dia 16/12/2008, espero que gostem!

Desapego - Fernando Pessoa

Um dos poetas brasileiros que sem dúvida ninguém pode deixar de ler!

Desapego

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. 
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. 
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. 

Fernando Pessoa

Sejam Bem Vindos!

Depois de um tempo ausente, retomo as atividades no blog e na medida do possível tentarei mantê-lo atualizado! Obrigado a todos.

"...tem horas que cansa fazer escolhas sabe, ainda mais quando a gente muda tanto a vida. As escolhas dão medo na gente, deixam a gente na merda. Mas a gente não tem outra escolha, escolher é ser humano. A gente vive pra escolher tudo. Isso é aterrorizante!!!"
(Alessandra Rigonato sobre Escolhas)